sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A conta de luz vai ficar 3% mais barata em março com aplicação da bandeira amarela



O governo começou a cumprir o cronograma de retirada das bandeiras tarifárias até maio. A partir de março, a cor da bandeira será amarela, o que fará a conta de luz ficar 3% mais barata que a atual, a rosa. No cronograma montado pelo governo, a bandeira verde (sem custo para o consumidor) deverá entrar em vigor em maio, quando apenas as térmicas mais baratas estarão em operação. Nesta quarta-feira (3), os órgãos responsáveis pelo setor elétrico decidiram desligar, a partir de 1º de março, as usinas que custam mais que R$ 420,00 por megawatt-hora (MWh). A decisão é crucial para que a bandeira amarela seja acionada para o mês de março, pois a escolha da cor da bandeira é feita a partir dos custos das térmicas que estão em operação. Para este mês está valendo a bandeira vermelha patamar 1, chamada também de bandeira rosa, criada na semana passada pela Aneel para baratear as contas em 3%, quando comparado ao que foi cobrado em janeiro. O sistema de bandeiras, encargo adicionado à conta de luz, encarece as faturas cobradas do consumidor. Entre a cor vermelha, em vigor de janeiro de 2015 ao mês passado, e a verde, que deve vigorar a partir de maio, a redução na conta de luz é de 10%. Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, não descartou, no entanto, antecipar esse cronograma, estabelecendo a bandeira verde já no mês de abril. "Estamos em constante monitoramento dos reservatórios. É possível uma bandeira verde em abril, mas não é prudente anunciar agora", afirmou Braga. Até o momento, estavam ligadas térmicas mais caras, com custo de até R$ 600,00 por MWh. Para que a bandeira vire verde, o teto é R$ 211,00 por MWh. Com a decisão, ao todo, serão desligadas sete usinas que produzem 2.000 MW a cada hora, suficientes para abastecer uma cidade com 6 milhões de pessoas. Além das bandeiras, o governo também espera que as tarifas de energia caiam neste ano. As tarifas são os valores pagos regularmente pelos consumidores, enquanto as bandeiras são uma cobrança extra. Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, dois fatores devem favorecer a redução: o encargo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que está um terço mais baixo que no ano anterior, e o preço da energia da usina de Itaipu, que, em dólar está 32% menor. O impacto exercido sobre as tarifas por essas reduções é de 4%. "Estamos entrando em um novo ciclo de baixa das tarifas", disse Rufino.

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