sábado, 6 de fevereiro de 2016

A "Operação Grêmio" da OAS com FGTS

Para a construção da Arena do Grêmio, a OAS e o clube firmaram um contrato que previa o recebimento do terreno do estádio Olímpico, que fica numa região nobre de Porto Alegre. Em troca, a OAS levantaria o novo estádio num terreno da periferia. Foi um grande negócio. O projeto original previa, além da arena, a construção de um conjunto residencial e um complexo multiuso com shopping, hotel etc. Para tocar o empreendimento, o dinheiro "visível" do BNDES não era suficiente. Montou-se então a seguinte operação: 
1 - Foi constituído o Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Caixa Desenvolvimento Imobiliário
2 - O fundo curador do FGTS, sob influência de André Luiz de Souza, comprou 100% das cotas do FII
3 - A OAS criou uma empresa chamada Karagounis Participações para desenvolver os empreendimentos imobiliários junto à Arena e o FII comprou 80% das cotas da Karagounis Participações, ficando a OAS com 20%
4 - O FII injetou no total R$ 297,5 milhões na Karagounis, sendo 210 milhões em 31/12/2010 e mais R$ 87,5 milhões em 30/06/2011
O resultado dessa complexa operação é que a OAS conseguiu levantar o capital que precisava para iniciar a construção da Arena e ainda financiou as obras residenciais com o restante dos recursos aportados. Sem desembolsar um centavo.
Como revelamos antes, quem modelou e intermediou a operação foi a Nova Advisors Consutoria, de André Luiz de Souza, o Andrezinho.

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