quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Argentina alcança acordo sobre dívida em ação coletiva nos Estados Unidos


A Argentina chegou a um acordo com advogados que lideram uma ação coletiva nos Estados Unidos sobre dívida inadimplente, como parte dos esforços para resolver uma disputa sobre sua suspensão de pagamentos de 2002, informou nesta terça-feira o mediador Daniel Pollack, designado pela Justiça americana. "Estou muito contente em informar que a República da Argentina alcançou um princípio de acordo com a ação coletiva Brecher, pendente perante o honorável (juiz) Thomas P. Griesa", destacou Pollack em um comunicado em Nova York. O advogado, supervisor das negociações, assegurou que o acordo a princípio "se encaixa dentro dos valores numéricos" da oferta realizada na semana passada pela Argentina, que propôs pagar US$ 6,5 bilhões, de um total de US$ 9 bilhões, e solucionar várias demandas de detentores de títulos em default. "Isso demonstra que a proposta é boa. E que seguimos avançando em um bom caminho. Esperamos que continuem somando acordos nos próximos dias", disse uma fonte do Ministério da Fazenda. O mediador afirmou que quantidade exata de detentores que estão cobertos dentro da ação coletiva será conhecida nas próximas semanas. Sob os termos do acordo, os credores que participam receberiam 100% do capital devido e 50% de juros por cada demandante sobre o valor, afirmou Pollack. Segundo ele, caso a oferta seja aceita por todos os credores, a proposta também precisará de aval do Congresso argentino e da suspensão das medidas cautelares emitidas por Griesa. Dois dos seis principais fundos especulativos que ganharam o julgamento em Nova York aceitaram a proposta, embora os dois mais duros, NML Capital e Aurelius, que em 2012 conseguiram uma sentença favorável para cobrar uma dívida que chega hoje a US$ 1,75 bilhão, a rejeitaram. A decisão se junta ao pré-acordo com 50 mil detentores de bônus italianos para pagar à vista € 1,35 bilhão por títulos em default, segundo seu representante, Nicola Stock. 

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