sábado, 6 de fevereiro de 2016

Consultoria de risco Eurasia Group afirma que Lula não é mais um candidato viável em 2018


O ex-presidente Lula “não representa mais um candidato viável para 2018”, segundo a consultoria de risco político Eurasia Group – uma das mais respeitadas do mundo. Os números da consultoria revelam que o estrago feito pela Operação Lava Jato na imagem do petista é muito superior ao impacto do mensalão. Enquanto em agosto de 2005, no início do mensalão, 49% consideravam o ex-presidente um político honesto, “agora, esse número caiu para 25%”. O estudo destaca, ainda, que as dificuldades legais de Lula “representam um sério e imediato desafio para o governo Dilma”. E argumenta que “as chances de o PT se manter no governo (na próxima eleição) são extraordinariamente baixas”. No entanto, a Eurasia afirma que oposição e políticos centristas entendem que o PT como um todo está em apuros, mas eles ainda veem a "ameaça Lula" como real. Segundo a Eurasia, olhando estes critérios, com base nos dados da Ipsos, as chances do PT continuar no poder estão abaixo de 5%. "Olhando para a eleição de 2018, independente de personalidades políticas, por que os eleitores optariam por manter o PT no poder após 16 anos e tendo passado pela mais profunda recessão econômica da história do País?" "Em suma, a profundidade do escândalo Lava Jato já rebaixou Lula, aos olhos de 70% da população, para a categoria de mais um político corrupto. Para ter certeza, a sua imagem poderia se recuperar, embora isso exija que se vire a página da Lava Jato. Ele ainda mantém uma base do núcleo de apoio, talvez 20% do eleitorado, composto de sindicatos e as famílias mais pobres que se beneficiaram durante seus dois mandatos. Mas Lula já não representa mais um candidato viável 2018. A única questão real é se Lula e se o PT poderão manter a percepção de possuir um potencial competitivo vivo para este ano e para o próximo. Este último é certamente importante pela própria posição política de Lula, e para manter o PT minimamente energizado", afirma a Eurasia.

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