sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ex-companheira do indio cocaleiro trotskista Evo Morales é detida e investigada por tráfico de influência na Bolívia


A empresária boliviana Gabriela Zapata, ex-companheira do presidente da Bolívia, o indio cocaleiro trotskista Evo Morales, e investigada no Congresso por um caso de tráfico de influência, foi detida nesta sexta-feira, informou o ministério do Interior. "A cidadã Gabriela Zapata Montaño foi detida esta manhã e se encontra nas dependências da FELCC (Força de Luta contra o Crime)", confirmou o ministério. Atualmente, Gabriela é gerente comercial da empresa chinesa CAMC, favorecida com milionários contratos com o Estado. A prisão acontece semanas depois que o jornalista boliviano Carlos Valverde revelou que Gabriela Zapata, de 28 anos, foi companheira de Morales há dez anos e agora é gerente comercial na empresa asiática. A oposição lançou acusações de tráfico de influências, enquanto o ditador trotskista, que reconheceu a relação - o casal teve um filho que faleceu com um ano de idade -, negou tê-la favorecido com contratos. Tanto a relação como nascimento do menino eram fatos desconhecidos dos bolivianos. O próprio Morales se queixou nos últimos dias que este incidente foi utilizado pela oposição para manchar sua imagem durante a campanha para o referendo de domingo, em que os bolivianos rejeitaram uma reforma constitucional que teria permitido a ele disputar um quarto mandato (2020-2025). Recentemente, o governo executou uma garantia dede 22,8 milhões de dólares em prejuízo da CAMC, por descumprimento do contrato na construção de uma ferrovia.

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