domingo, 28 de fevereiro de 2016

Lula declara intenção de concorrer à Presidência da República em 2018


Durante a convenção marcada para comemorar os 36 anos do PT, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") declarou sua intenção de concorrer à Presidência novamente nas eleições de 2018. "Eu quero dizer (em) alto e bom som: eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato à Presidência da República", disse Lula aos partidários na noite de sábado. Lula foi o grande homenageado da festa do PT, no Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio de Janeiro. Quando chegou para a comemoração, porém, encontrou um ato esvaziado. No espaço com capacidade para 4 mil pessoas, havia menos de 1,5 mil. Dirigentes do partido previam 3 mil presentes. No discurso de quase 40 minutos, feito em tom de desabafo, o ex-presidente pediu que o partido ajude a presidente Dilma, atacou a imprensa e defendeu-se das suspeitas de ser proprietário oculto de um apartamento e um sítio. "O Lula paz e amor vai ser outra coisa daqui para frente", afirmou, diante da platéia formada por metade do público esperado pela organização da festa. "Eu queria dizer para eles: vocês não vão me destruir, vamos sair mais fortes dessa luta", avisou aos adversários. O petista disse estar "acabrunhado" e "de saco cheio" com as investigações que sofre do Ministério Público de São Paulo e na Operação Lava Jato e com o comportamento da imprensa: "Eu que combati tanto para ter um Ministério Público forte, não imaginava (o) ver subordinado à imprensa", disse. Lula afirmou que o sítio em Atibaia frequentado por ele e sua família foi comprado pelo amigo Jacó Bittar e outros companheiros como uma "surpresa" para ele usufruir depois de deixar a presidência. "A chácara não é minha", insistiu. Em seu discurso, Lula também disse que, apesar das divergências entre o PT e o governo da presidenta Dilma Rousseff, o partido está ao lado dela: "Queria fazer um apelo porque a companheira Dilma, sozinha, não terá força para resolver esse problema", disse Lula, numa referência à crise. "Dilma precisa de nós para sobreviver aos ataques que está sofrendo. Não pode, num momento de crise, virar as costas e falar que o problema não é meu. Esse governo é nosso e temos de ter responsabilidade de ajudar, de discutir saídas". Lula disse ainda que está à frente de um exército de milhares de soldados para defender o mandato de Dilma.

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