quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Moody's rebaixa nota de crédito da Petrobras após downgrade do Brasil


A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quarta-feira a nota de crédito da Petrobras de "Ba3" para "B3", que já era grau especulativo, após retirar mais cedo o grau de investimento do Brasil. A perspectiva para o rating é negativa. Segundo a agência, a ação leva em conta a análise da companhia como emissora relacionada ao governo. A Moody's afirma que o rebaixamento reflete a visão da entidade de "uma probabilidade moderada de apoio extraordinário oportuno do governo do Brasil". "Apesar da sua declarada vontade de apoiar a Petrobras, a Moody's acredita que a atual situação fiscal do governo poderia impedi-lo de apoiar a Petrobras o suficiente para evitar um default", diz a agência. A Moody's continua a assumir uma dependência moderada de default entre a Petrobras e o governo. Segundo a instituição, o risco de financiamento é uma "preocupação crescente". A Petrobras tem cerca US$ 12 bilhões em dívida com vencimento em 2016 e cerca de US$ 11 bilhões para 2017. Em setembro de 2015, a companhia tinha US$ 25 bilhões em reserva de caixa, o que acreditamos ser necessário entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões para operações diárias. Quase metade da dívida a vencer nesse período é devida a detentores de títulos, sendo equilibrado entre instituições financeiras e outros credores", aponta a agência. A Moody's afirma que "quase 100% dos ativos da estatal são desonerados de modo que a Petrobras pode ser capaz de oferecer segurança, caso isso facilite o financiamento necessário". A Moody’s cortou a nota de crédito do Brasil e, com isso, o país perdeu o “selo de bom pagador”. O rating soberano foi reduzido em dois degraus, passando de “Baa3” — último nível de grau de investimento — para “Ba2”. Com a decisão, o Brasil não conta mais com o aval de "bom pagador" de nenhuma das três principais agências de rating do mundo, já que Fitch e Standard & Poor's já haviam tomado tal decisão no ano passado. A perspectiva da nota brasileira passou para negativa, indicando que pode haver novos cortes devido ao ambiente econômico e político desfavorável do país.

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