terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

OMS declara emergência mundial de saúde pública por surto de zika

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta segunda-feira emergência mundial de saúde pública por causa do surto do vírus zika e sua provável relação com casos de microcefalia. O anúncio é o quarto do tipo desde 2007, quando o entidade adotou o procedimento. O primeiro alerta do tipo foi emitido em 2009, por causa do surto de H1N1; o segundo, em 2014, devido ao ressurgimento da poliomielite em países como Síria, Paquistão e Iraque; e o terceiro, novamente em 2014, para a epidemia de ebola na África. "Eu estou declarando que o recente conjunto de casos de microcefalia e outras anormalidades neurológicas relatadas na América Latina, seguindo um conjunto semelhante relatado na Polinésia Francesa em 2014, constitui uma emergência de saúde pública de preocupação internacional", disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. Segundo Chan, os especialistas concordaram que há uma "forte suspeita" de que a infecção por zika durante a gravidez seja a causa da microcefalia, mas a relação ainda não é considerada cientificamente provada. Por isso, o comitê diz que é urgente a coordenação internacional de esforços para investigar e entender melhor a ligação entre o vírus e a má-formação. "Os especialistas acreditam que a extensão geográfica do mosquito que pode transmitir o vírus, a ausência de vacinas e testes confiáveis e a falta de imunidade da população nos novos países afetados são causas adicionais para preocupação", continuou Chan. A declaração da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), recomendada por um comitê de especialistas independentes, libera fundos para financiar esforços internacionais de combate à doença. Na semana passada a organização já havia dito que o vírus zika se propaga de forma explosiva nas Américas e estimou que cerca de 4 milhões de pessoas seriam infectadas na região.

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