segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Petista Renato Duque diz que não há prova em processo de que dinheiro em suas contas no Exterior era de propina


A defesa do petista Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, afirmou à Justiça que não há provas de que as quantias atribuídas a ele em contas no Exterior tenham relação com obras da Petrobras. Duque está preso há um ano no Paraná e já foi condenado a mais de 20 anos de prisão em processo relacionado ao escândalo da Petrobras. Os advogados apresentaram nesta segunda-feira (29) as alegações finais dele em uma outra ação penal, que aborda suspeitas sobre a empreiteira Odebrecht. No documento, a defesa do ex-diretor compara as datas de depósitos em contas na Europa com o período em que foram feitas obras alvos de investigação. Sustenta que o dinheiro visto como suspeito foi depositado mais de um ano antes dos supostos desvios nos empreendimentos. "Deve haver prova categórica da origem ilícita para que haja condenação, sendo insuficiente a prova indiciária", diz o texto assinado pelos advogados. Os advogados também afirmam que o petista Duque não interferia na seleção das empresas convidadas para trabalhos sob responsabilidade da diretoria que comandava, a de Serviços. Na ação, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros executivos da empresa são acusados de corromper Duque e outros executivos da Petrobras em contratos de obras bilionárias da estatal, como projetos nas refinarias do Paraná e de Pernambuco, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e na sede da estatal no Espírito Santo.

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