terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Petróleo volta a ser cotado abaixo dos US$ 30,00 e derruba bolsas globais


A turbulência voltou aos mercados internacionais nesta segunda-feira. O petróleo voltou a ser cotado abaixo dos US$ 30,00 e foi um dos principais fatores de pressão para que as maiores bolsas globais fechassem em queda. Na Europa, preocupações sobre a saúde de alguns bancos também jogaram os indicadores para baixo. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações de empresas europeias, fechou com queda de 3,4%, a 1.239,68 pontos, o menor nível desde outubro de 2013. No caso do petróleo, a queda nas cotações foi provocada pelo aumento das preocupações com o excesso de oferta, depois que uma reunião no fim de semana entre produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Arábia Saudita e Venezuela terminou sem planos de corte na produção. Com isso, a expectativa de que pudesse haver um acordo entre produtores para cortar a oferta e apoiar os preços diminuiu. 


Em Nova York, o barril de petróleo para entrega em março fechou cotado a US$ 29,69, uma queda de 3,88% em relação ao preço da semana passada. Em Londres, o barril do petróleo tipo Brent, para entrega em abril, recuou 3,46%, cotado a US$ 32,88.  A queda nas cotações, que coloca em dúvida o próprio ritmo de crescimento da economia global, provocou uma queda praticamente generalizada nas bolsas. Na Europa, Londres caiu 2,71%, Paris recuou 3,20% e Frankfurt, 3,30%. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou em queda de 1,1%, enquanto a Nasdaq recuou 1,82%. “Nós precisamos que o petróleo se estabilize para dar alguma confiança para os investidores, porque o estresse dos investidores está alto, a perspectiva de lucros está baixa e os fundamentos do mercado continuam a se enfraquecer”, disse Terry Sandven, estrategista-chefe de equities do US Bank Wealth Management, em Minneapolis. A cotação do petróleo também foi influenciada pela informação de que a petrolífera francesa Total iniciou o bombeamento de gás natural no Mar do Norte. Com isso, o projeto de gás natural em águas profundas a oeste das ilhas Shetland – chamado de Laggan Tormore – vai produzir o equivalente a 90 mil barris de petróleo por dia, ou quase 6% da produção total do Reino Unido. Um relatório do banco Morgan Stanley adicionou pressão a esse cenário, ao afirmar ser improvável que o excesso de oferta no mercado de petróleo diminua antes de 2017. 

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