quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Preço da passagem de ônibus pode alcançar R$ 3,80 em Porto Alegre


A estimativa é extraoficial, já que tanto prefeitura quanto Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) ainda não finalizaram o cálculo da nova tarifa de ônibus de Porto Alegre, mas o preço da passagem deve saltar de R$ 3,25 para até R$ 3,80. Na última semana, com a definição do reajuste dos motoristas e cobradores (que tiveram 0,5% de aumento real, além da reposição inflacionária), começou a se desenhar a composição da tarifa que entrará em vigor com o início da operação do transporte conforme a licitação concluída no ano passado. A concorrência estabeleceu um preço médio da passagem (de cerca de R$ 3,45) a partir das propostas nos envelopes, a ser corrigido conforme a inflação acumulada entre julho de 2015 e o mês em que entrasse em funcionamento a nova operação. Além disso, a tarifa sofrerá o impacto do dissídio dos rodoviários. Nos bastidores, os empresários calculam que o preço deve ficar entre R$ 3,70 e R$ 3,80. Para garantir o início da operação, as empresas aguardam a entrega de coletivos adquiridos da Marcopolo, empresa de Caxias do Sul que ainda não concluiu a montagem dos ônibus. Os veículos, cerca de 280, custam em média R$ 400 mil cada e a maioria é equipada com ar-condicionado. Por causa da recessão econômica, o ritmo de produção dos coletivos está menos acelerado do que gostariam os empresários. A intenção dos consórcios que vão administrar o transporte na Capital era de inaugurar o sistema licitado até o fim de fevereiro ou, no mais tardar, na metade de março, principalmente porque o reajuste salarial dos funcionários de ônibus já começou a ser pago em fevereiro. Porém, a data pode ter de ser revista. Apesar de o aumento ser expressivo, acima de 15%, o temor da prefeitura e dos empresários de que haja uma repetição dos protestos de junho de 2013 diminuiu. O Bloco de Lutas, responsável por iniciar manifestações que resultaram inclusive na redução da tarifa em Porto Alegre e em outras capitais, se desarticulou nos últimos meses com a saída de militantes ligados a partidos políticos. Mesmo assim, a tendência é de que novos protestos sejam organizados de maneira independente.

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