sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Rebanho de gado dos Estados Unidos sobe para 92 milhões de cabeças


Após recuar para um patamar inferior a 90 milhões de cabeças de gado, o rebanho dos Estados Unidos tem o segundo aumento anual consecutivo. Neste início do ano eram 92 milhões de cabeças, 3% mais do que em janeiro de 2015, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Mesmo com essa alta, a participação norte-americana deverá continuar limitada no mercado externo – o Brasil é um dos principais fornecedores mundiais. As exportações norte-americanas, que representavam, em 2010, 16% do volume dos principais exportadores, vai se manter em 11% neste ano. Enquanto os norte-americanos deverão colocar 1,1 milhão de toneladas de carne bovina no mercado externo, os brasileiros vão exportar 1,9 milhão, segundo dados do Usda. A Austrália, outro tradicional participante desse segmento mundial, perde mercado, principalmente na Ásia. Esse espaço será ocupado pelos norte-americanos. O rebanho dos Estados Unidos cresce devido a uma recomposição das pastagens, que haviam sido afetadas na seca de cinco anos atrás. Além disso, os custos, que haviam disparado devido à quebra de safra de grãos nos EUA, voltaram a patamares normais. Conforme dados do Usda, as fêmeas compõem o maior número do rebanho. As que já pariram atingem 39,6 milhões de cabeças. Novilhas e novilhos somam outros 36,1 milhões de cabeças, 3% mais do que há um ano. O rebanho dos Estados Unidos, que superava 103 milhões de cabeças de gado em 1996, está abaixo de 100 milhões há 18 anos. Embora não tenha tanta carne para exportar como há duas décadas, o produto norte-americano ocupa os melhores mercados, onde se paga mais pela proteína. A produção mundial de carne bovina é de 59,2 milhões de toneladas, para um consumo de 57 milhões. Já o comércio mundial atinge 9,9 milhões de toneladas. 

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