terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sem alarde, dissidentes discutem deixar o PT e fundar um novo partido

Políticos do PT, muitos deles com mandato, deflagraram no fim do ano passado sondagens para a criação de um novo partido. Nos últimos meses, as discussões envolveram cerca de 25 parlamentares, todos eles insatisfeitos com os rumos da legenda nesses tempos de crise. Movimentos sociais também foram acionados para discutir, de forma reservada, a proposta. Dissidentes afirmam que a ideia é retomar as conversas após as eleições municipais deste ano. Dirigentes do PT têm conhecimento da operação, mas colocam panos quentes. “Isso ficou forte na época do Eduardo Cunha (quando o governo ainda defendia o diálogo com ele), mas já diminuiu”, disse um petista graúdo. O ex-governador do Rio Grande do Sul, o peremptório Tarso Genro, que esteve em algumas das reuniões para tratar do tema, afirma ser “natural” debater o assunto em um período “de grave crise partidária”, mas diz que agora não é o momento para discutir a proposta. “Sem reestruturar o sistema político, partidos presentes e futuros terão os mesmos problemas”, defendeu Genro. O PT convidará Lula para participar do programa nacional que o partido veiculará na TV em 23 de fevereiro. A peça será produzida pelo marqueteiro Edinho Barbosa. No PT e na Esplanada, a conclusão é a mesma: o Instituto Lula subestimou a ofensiva contra o ex-presidente.

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