terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Zika vírus faz Dilma voltar à TV depois de quase um ano


Depois de quase 1 ano sem realizar discursos oficiais na televisão, a presidente Dilma Rousseff gravou nesta segunda-feira um pronunciamento que vai ao ar em cadeia nacional de rádio e TV, possivelmente na quarta-feira, para mostrar que o governo não está parado e pedir mobilização de toda a população contra o mosquito Aedes aegypti. No governo há quem defenda que o programa vá ao ar até antes de quarta. Dilma já estava considerando esta possibilidade há alguns dias. No final da semana passada, a presidente decidiu gravar sua fala nesta segunda, acompanhada do marqueteiro João Santana e sua equipe, no Palácio da Alvorada. A ideia da presidente é mostrar as diversas ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo e bater na tecla que tem dito em seus discursos: que a guerra contra o mosquito só será vencida com a participação de todos. Na tarde desta segunda, a presidente Dilma está participando de uma reunião ministerial para distribuir tarefas entre os seus auxiliares diretos e ouvir um novo balanço do que está sendo feito. Dilma quer "empenho total" de todos. Dilma não fala em rede nacional desde 8 de março do ano passado, quando falou por ocasião do Dia da Mulher - e foi alvo de panelaços em cidades de todo o país. O ato durante o discurso da presidente precedeu uma série de protestos pelo país, que reuniram mais de 1,8 milhão de pessoas nas ruas contra o governo federal no dia 15 de março, no maior protesto contra um presidente na história da democracia brasileira, e 675.000 manifestantes em 12 de abril. A presidente tem falado aos seus auxiliares diretos que está "agoniada" porque várias das ações que têm determinado demoram a sair do papel. Na sexta-feira, Dilma esteve na sala de acompanhamento de casos de microcefalia, onde conversou com governadores, pedindo ajuda deles para o combate ao mosquito. Ao mesmo tempo, assinou Medida Provisória permitindo que agentes públicos possam entrar em casas, empresas e órgãos públicos que estejam fechados ou abandonados, para eliminar criadouros do mosquito. A presidente convocou as Forças Armadas para ajudar a fazer a vistoria nas casas e ajudar a fazer ações de limpeza para combater criadouros de mosquito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está recomendando a governos de todo o mundo a adoção de uma política de vigilância máxima, mas insiste que ainda precisa de provas científicas da relação entre zika e microcefalia.

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