quarta-feira, 16 de março de 2016

Barrosinho e a sua retórica mixuruca em julgamento sobre rito do impeachment

Por Reinaldo Azevedo - O Supremo começou a julgar o embargo de declaração interposto pela Câmara para decidir se o indecente, inconstitucional e ilegal rito do impeachment definido pelo tribunal será mantido. Acabou de falar Roberto Barroso, que foi voto vitorioso naquela jornada. Referendou a sua posição, em flagrante desrespeito ao Regimento Interno da Câmara e à Constituição, e, com aquela retórica afetada de sempre, provocou: “A razão é serena; a desrazão é que precisa de gritos e ofensas”. Eu também sou a favor da serenidade. Mas, por si, ela não está necessariamente certa. O ministro precisa ler “Eichmann em Jerusalém”, de Hannah Arendt. Os facinorosos também sabem se fingir de cordatos. Barroso está bravinho porque foi flagrado fazendo uma leitura malandra do Regimento Interno da Câmara para impor um rito do impeachment que seja do agrado do governo.

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