sábado, 19 de março de 2016

DATAFOLHA 1 – 68% defendem o impeachment de Dilma; 65% acham que ela deveria renunciar, e 69% veem um governo ruim ou péssimo

Na opinião dos entrevistados, Dilma lidera o ranking dos governos mais corruptos do Brasil; em segundo lugar, vem o de Lula

Por Reinaldo Azevedo - Pesquisa Datafolha realizada nos dias 17 e 18 de março com 2.794 pessoas em 171 municípios indica que 68% são favoráveis ao impeachment de Dilma; 27% se dizem contrários; 3% afirmam ser isso indiferente, e 2% não sabem. A um mês do afastamento de Collor, em 1992, 75% defendiam o procedimento, contra 18%. Consideradas as margens de erro antes e agora — esta é de dois pontos para mais ou para menos —, os números são bem parecidos. A população tem o bom senso que Dilma não demonstra: 65% consideram que ela deveria renunciar; 32% pensam o contrário, e 3% não sabem. A avaliação negativa do governo, dada a margem de erro, volta ao nível recorde: acham o governo ruim ou péssimo 69% dos brasileiros — o número mais alto nesse quesito foi alcançado em agosto de 2015: 71%. Também os que têm o governo por ótimo ou bom repetem o fundo do poço: só 10% — naquele mesmo agosto, eram 8%. O governo Dilma lidera a lista dos mais corruptos. Ele merece esse troféu para 36% dos entrevistados. Na distinção negativa, o segundo colocado é o de Lula, com 23%, seguido pelo de FHC, com 20%. E que se note, hein?: a pesquisa foi realizada na véspera e no dia das manifestações de rua em favor do governo. Os petistas nem têm do que reclamar. Imaginem a gritaria se o Datafolha tivesse escolhido para fazer essa pesquisa no dia 13…
Certa descrença
Se 68% defendem o impeachment, se 65% querem a renúncia e se 69% acham seu governo ruim ou péssimo, tal desempenho não se repete quando se pergunta às pessoas se elas acham que Dilma vai ser afastada: 46% dizem que sim, e 47% que não! Como se nota, embora a indignação seja grande, há certo pessimismo. Isso certamente decorre da gritaria feita pelos petistas, passando a impressão de que o governo ainda tem como sobreviver.

Nenhum comentário: