segunda-feira, 21 de março de 2016

Defesa de Michel Temer diz ao Supremo que acusação de Delcídio é leviana e inconsequente


O vice-presidente Michel Temer protocolou no Supremo Tribunal Federal uma petição para se defender das acusações feitas pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em sua delação premiada. Delcídio vinculou o nome de Temer às indicações de João Henriques e Jorge Zelada a cargos na Petrobras – ambos foram presos e condenados na Lava Jato por envolvimento com o esquema de desvios na estatal. "Além de moral, civil e penalmente inócuos, os fatos são inverídicos", diz trecho de documento protocolado pelo advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira na última sexta-feira (18) em nome de Temer. O documento foi disponibilizado nesta segunda (21) pelo STF nos autos da delação de Delcídio. Temer reafirma sua versão de que não conhecia João Henriques em 1997, quando este assumiu função na BR Distribuidora durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O peemedebista afirma que a indicação foi feita pela bancada mineira do PMDB, a mesma que depois aprovou a indicação de Jorge Zelada para a diretoria internacional da Petrobras, em 2007, já no governo Lula. Segundo a defesa do vice-presidente, a acusação de Delcídio, que o vincula às indicações de Henriques e Zelada, é uma "leviana e inconsequente tentativa de enredá-lo em uma malha delituosa para atingir sua honorabilidade e macular a sua imagem". "A menção do nome de Michel Temer nos fatos, mesmo que se dê crédito à descrição feita pelo delator, não pode, de forma honesta e racional, conduzir à mera suspeita de que teria ele alguma ligação com quaisquer dos aspectos da indigitada trama criminosa", destaca a petição. Henriques foi preso na 19ª fase da Lava Jato, em setembro passado, e acabou condenado pelo juiz Sergio Moro em fevereiro. Nesse processo, ele era acusado de ser operador de propinas após deixar a BR Distribuidora. Zelada está preso desde julho do ano passado e foi condenado na mesma ação penal de Henriques.

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