quarta-feira, 16 de março de 2016

Delator da Camargo Corrêa confirma propina a Lobão por Angra 3


Um novo delator da empreiteira Camargo Corrêa afirmou que houve pagamento de propina nas obras da usina de Angra 3 ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), à época ministro de Minas e Energia, e ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União. O ex-diretor de Energia da Camargo Corrêa, Luiz Carlos Martins, teve delação homologada no ano passado e deu depoimento na ação penal que corre no Rio de Janeiro relativa a desvios na Eletrobras, o chamado Eletrolão. Por isso, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal que juntasse as declarações de Martins ao inquérito que investiga Lobão e Carreiro. "Luiz Carlos Martins, em seu depoimento judicial nos autos da aludida ação penal, cita Edison Lobão, senador da República pelo Estado do Maranhão e então ministro das Minas e Energia, e Raimundo Carreiro, ministro do Tribunal de Contas da União, como os agentes políticos que receberam propina decorrentes das contratações da usina de Angra 3", escreveu Janot no pedido. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, também já havia relatado pagamentos a ambos personagens, o que motivou a abertura do inquérito. Foi nesta investigação que o novo depoimento foi anexado. Anteriormente, Carreiro e Lobão já haviam negado o recebimento de propina. A defesa de Lobão já afirmou, sobre a delação de Pessoa, se tratar de "invenção de histórias próprias" com o objetivo de redução de pena. À Polícia Federal Carreiro disse que vive do seu salário como ministro do TCU, que corresponde a 95% do valor do salário de um ministro do STF, e da renda proveniente de alugueis de cinco imóveis.

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