sexta-feira, 18 de março de 2016

Dilma aponta risco à “segurança nacional” e ameaça: em outros países, “quem grampear um presidente vai preso”

A presidente falou durante cerimônia de entrega de casas do MInha Casa, Minha Vida na Bahia e disse que vai tomar todas as providências cabíveis

Por Reinaldo Azevedo - A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar nesta sexta a divulgação do áudio grampeado entre ela e o ex-presidente Lula. A petista participou de uma cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Feira de Santana, na Bahia. A uma plateia favorável, formada por aliados e membros dos ditos movimentos sociais, Dilma afirmou que a prática do grampo é ilícita e prevista como crime na legislação e que é um “atentado à segurança nacional. Segundo Dilma, gravar chefe de estado deveria ser motivo de prisão, assim como é em outros países. Abre aspas: “Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso. Se não tiver autorização judicial da Suprema Corte. Vou dar um exemplo para vocês: grampeia o presidente da República nos Estados Unidos e veja o que acontece com quem grampear. É por isso que eu vou tomar todas as providencias cabíveis nesse caso” – fecha aspas. A petista afirmou também que vai agir para evitar que as pessoas percam os direitos de cidadania no país. Por isso, disse ela, “é importante a gente não voltar atrás na história”. Abre aspas: “Não sei se vocês sabem, mas nos anos 20 do século passado, como é que funcionava a polícia. Aqui no Estado da Bahia e em todo o Brasil. A polícia prendia não porque aquele ou aquela estavam cometendo delito, mas prendiam para seguir interesses dos coronéis. Como funcionavam os juízes? Também prendiam para satisfazer os interesses dos grandes proprietários e das grandes fortunas desse país” – fecha aspas. Dilma voltou a usar aquele discurso de vítima da ditadura. “Nós, que lutamos pela democracia, e quero dizer para vocês, e quero dizer a vocês, que lutei pela democracia. Sou presidente da República hoje, mas nos anos 70 fiquei três anos na cadeia, porque naquela época ninguém podia ser contra, se manifestar contra, dizer o que pensa. Hoje nós podemos".

Nenhum comentário: