sábado, 5 de março de 2016

Dilma visita Lula em São Bernardo e, do terraço do duplex, ela saúda a turma da mortadela lá embaixo



A presidente Dilma Rousseff foi a São Bernardo do Campo, Grande SP, para se encontrar com o ex-presidente Lula, um investigado pela Polícia Federal no âmbito do Petrolão do PT, neste sábado (5). A visita ocorreu um dia depois de o petista ter sido obrigado pela Polícia Federal a depor na Operação Lava Jato. Ou seja, o cara foi "conduzido sob vara", e ela foi lá fazer homenagem a ele. Ela chegou às 13h25, de carro, acompanhada pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), e sob gritos de "não vai ter golpe" de mortadeleiros que se aglomeravam em frente ao prédio onde reside o ex-presidente petista. O veículo entrou pela garagem do prédio. Minutos antes, às 13 horas, Lula havia aparecido na portaria de seu prédio, quando cumprimentou o público mortadeleiro que promovia ato em solidariedade a ele. Da janela do apartamento e ao lado de Dilma, ele saudou os mortadeleiros, erguendo o braço da aliada. Ela deixou o local cerca de uma hora depois. Além dela e de Wagner, foram ao imóvel o advogado Sigmaringa Seixas, o prefeito de Santo André (SP), Carlos Grana, o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho e o petista Tarcisio Secoli. Anotem esses nomes!!!!! Até as 12 horas, a manifestação, promovida por sindicatos ligados ao PT, reunia cerca de 300 mortadeleiros. Além de gritar em apoio a Lula, os presentes protestaram contra o Grupo Globo –"o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", " Fora Globo" e "ei, Globo, pague seu imposto" foram algumas das palavras de ordem.  O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, também foi lembrado em cartazes que criticavam sua atuação e o chamavam de "tucano". A postura hostil contra a emissora e o magistrado ecoa o discurso do próprio ex-presidente, que nesta sexta (4) classificou a operação realizada em sua casa como uma orquestração da polícia, dos procuradores da Lava Jato e da imprensa para atingi-lo. Ele também mandou o juiz federal Sérgio Moro, os procuradores da Força Tarefa do Ministério Público Federal, e os delegados federais, "tomar no cú e enfiar o processo (da Lava Jato) nele". Além dos mandados de condução coercitiva, foram executadas ordens de busca e apreensão no apartamento em São Bernardo, nas casas dos filhos de Lula e no sítio em Atibaia que o petista frequenta. Os procedimentos foram parte da 24ª fase da Lava Jato, batizada de Aletheia, que apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. Figuras do PT paulista, como os deputados Vicentinho e Ana do Carmo estiveram presentes no ato deste sábado. 

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