quarta-feira, 16 de março de 2016

Eduardo Cunha contesta envio de investigação contra mulher e filha para Moro


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contestou, por meio de nota, na tarde desta quarta-feira (16), o desmembramento de seu processo no caso da Lava Jato atestado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, que enviou as investigações sobre as contas no exterior ligadas à jornalista Claudia Cruz e a Danielle Dytz da Cunha, mulher e filha do deputado, ao juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná: "Estranho o desmembramento requerido pelo procurador-geral da República, que reforça com clareza que há um tratamento diferenciado nas questões relativas ao meu nome e por mim denunciadas em diversas ocasiões". Segundo o deputado, a determinação de Teori "merece revisão". O peemedebista alega que a Procuradoria Geral da República se manifestou, no inquérito, pela "manutenção da unidade processual e não há fato novo que justifique a abrupta mudança de posição". Além disso, ele argumenta que os fatos estão "intimamente relacionados". Ele menciona dois casos em que também é investigado em que não houve desmembramento e afirma que vai recorrer da decisão de Teori. Cunha temia que os processos de suas mulher e filha fossem separados do seu uma vez que, sem o foro privilegiado no Supremo, é mais fácil na primeira instância a decretação de prisões cautelares. A Procuradoria entendeu que é possível apurar se a mulher e a filha de Cunha cometeram eventualmente crimes independente da ligação com o deputado porque elas tinham autonomia sobre as contas. Uma das quatro contas ligadas ao deputado no Exterior foi aberta em nome de Claudia Cruz e tinha Danielle como beneficiária. Na nota, ele afirma ainda: "a Procuradoria Geral da República promoveu investigação contra Claudia Cruz por suposta ocultação em conta corrente aberta em seu nome, do patrimônio atribuído a mim, Eduardo Cunha, e contra Danielle Dytz por suposto uso de cartão de crédito vinculado a tal conta". A Procuradoria Geral da República aponta que as despesas pessoais da família de Cunha foram custeadas por propina de contratos da Petrobras na África e são "completamente incompatíveis com os rendimentos lícitos declarados do denunciado e seus familiares". O presidente da Câmara teria recebido mais de R$ 5 milhões em própria para garantir o esquema de corrupção na Petrobras e atuar na Diretoria da Área Internacional para facilitar e não colocar obstáculo na compro do campo de Benin – ao custode R$ 138 milhões para a estatal.

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