quinta-feira, 10 de março de 2016

Escritor Mario Vargas Llosa exalta Argentina e vê decadência do populismo na América Latina


Perto de completar 80 anos e com um livro recém-lançado, o escritor peruano Mario Vargas Llosa celebrou o fim do kirchnerismo na Argentina e destacou as "manifestações muito claras" de que o populismo está em decadência na América Latina, em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal argentino La Nación. "Há muito mais razões para ser otimista do que pessimista na América Latina. Quando eu era jovem, a América Latina era terra de ditadores. O que sobra agora das ditaduras, como Cuba ou Venezuela, está em fiapos, se desfazendo", disse o Nobel de Literatura. "Foi muito interessante a derrota dos Kirchner. Para mim, parece importantíssimo porque acredito que o país estava engarrafado com este casal e que a democracia está começando a funcionar outra vez na Argentina. É muito importante também porque é um país que pode exercer um efeito de gravidade sobre o resto da América Latina", manifestou Vargas Llosa. "O Brasil está afundando na corrupção e na demagogia. Vamos precisar de um país que seja líder regional", continuou o autor de "A Festa do Bode", "Pantaleão e As Visitadoras" e "Conversações na Catedral". Para o escritor, a Argentina era um país de "primeiro mundo" no começo do século XX e empobreceu por causa do peronismo que, segundo ele, introduziu "uma espécie de nacionalismo que fechou o país". Vargas Llosa ainda destacou que o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, está "cumprindo com seu programa, desafiando inclusive a impopularidade. Suas reformas estão muito bem encaminhadas".

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