quarta-feira, 16 de março de 2016

Jatinho com Lula chegou a Brasília junto com avião usado pela Odebrecht, com o resto de sua comitiva

Nestes aviões, nesta terça-feira, chegaram o poderoso chefão Lula e sua comitiva
A comitiva do poderoso chefão Lula chegou a Brasília, nesta terça-feira, em dois jatinhos executivos. Do primeiro, um luxuoso Gulfstream G-200, prefixo PR-WTR, desceram pessoas da comitiva. Segundo registros da Polícia Federal, é o mesmo avião usado por Lula para viajar a serviço da Odebrecht, na companhia do diretor da empreiteira Alexandrino Alencar, preso na Lava Jato. Cinco minutos depois, estacionou também no hangar da Global Aviation, o jatinho que trouxe o poderoso chefão. Lula usou o jatinho Cessna prefixo PR-LFT, igual ao modelo que caiu e matou o ex-governador pernambucano Eduardo Campos. A Global garantiu que o primeiro avião, prefixo PR-WTR, não foi fretado a pessoas ligadas a Lula, mas não informou os nomes dos clientes. A empresa confirmou que o ex-presidente chegou a Brasília no Cessna prefixo PT-LFT. A Global considera que ambos os aviões chegaram simultaneamente a Brasília, no mesmo hangar, por "coincidência".

Lula chegou neste jatinho, com prefixo LFT, igual ao nome da empresa de seu filho
De acordo com informações da Superintendência de Aeronavegabilidade da ANAC, o jatinho PR-WTR é operado pela Pássaro Azul Táxi Aéreo Ltda., empresa com capital social declarado de apenas R$ 260 mil e administrada por Ricardo Breim Gobbetti e Márcio Roberto Pacheco, cujos sócios são outras duas empresas: Global Aviation S.A. e SSR Assessoria e Prestação de Serviços Ltda. 

Lula e o amigo Alexandrino Alencar em visita na Petrobras
O jato Gulfstream G200 prefixo PR-WTR foi usado por Lula entre 2011 e 2015 para fazer luxuosas viagens ao lado do lobista Alexandrino Alencar, da Odebrecht, preso na operação Lava Jato, acusado de ajudar a empreiteira a operar as propinas do Petrolão do PT no Exterior. Na sala de Alexandrino, na sede da Odebrecht em São Paulo, uma foto com Lula dividia espaço com retratos de familiares do executivo, à época da busca e apreensão da Polícia Federal. No despacho de prisão de Alexandrino, o juiz Sérgio Moro escreveu: “Além das provas em geral do envolvimento da Odebrecht no esquema criminoso de cartel, ajuste de licitações e de propina, há prova material de proximidade entre Alberto Youssef e Alexandrino Alencar”. Em nota, a Global Aviation declarou que o Gulfstream G-200 não foi fretado para Lula. E informa: "Com 22 anos de atuação no mercado brasileiro de aviação executiva, a Global Aviation é uma das maiores empresas de táxi aéreo do Brasil, operando atualmente 26 aeronaves (aviões e helicópteros) de diferentes portes, em vôos nacionais e internacionais, e atende a uma ampla gama de clientes de diversos setores da economia, sempre obedecendo rigorosamente a todas as legislações aplicáveis, incluindo as normas da aviação civil. 
Relatório da Polícia Federaç de maio de 2011, mostra que Lula passou pelo sistema de migração da Polícia Federal às 7h07; o lobista da Odebrecht, quatro minutos depois. Segundo a revista Época, que publicou o relatório no ano passado, “estavam juntos, como juntos estavam em mais aventuras do que admitem até hoje". 


Estão comprovadas duas viagens da dupla, que já haviam sido noticiadas (para Cuba e para Guiné Equatorial), e o relatório mostra que Lua e o lobista estiveram juntos em mais quatro ocasiões (numa viagem ao Panamá; numa outra para Colômbia, Peru e Equador; numa terceira para Portugal; e numa quarta para a África, passando por Angola e Gana). 

Gulfstream é muito luxuoso por dentro
Por Claudio Humberto

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