segunda-feira, 21 de março de 2016

Rombo gigantesco no balanço da Petrobras surpreende e ações da estatal despencam em Nova York


No regime petralha, pior do que estava sempre pode ficar, e fica. A Petrobras conseguiu o que parecia bem difícil: ter um prejuízo maior que os 22 bilhões de reais de 2014, quando a empresa foi obrigada a reconhecer que seus ativos valiam bem menos por conta, em boa parte, dos superfaturamentos e das propinas relacionadas ao petrolão. Agora a estatal é comandada pelo petista Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e amigo da "Val". Em 2015, o prejuízo foi de 35 bilhões de reais, de novo por conta da revisão para baixo no valor de seus ativos. Dessa vez, foram descontados ao todo 49,8 bilhões de reais. Só por causa do petróleo mais baixo e da redução nas reservas provadas, o montante pelo qual estavam registrados os campos de produção no País caiu 33,7 bilhões de reais. Havia uma grande dúvida se a empresa realizaria novos “impairments” por conta do novo valor do petróleo, mas o resultado surpreendeu – e muito – até os mais pessimistas. O Credit Suisse, por exemplo, esperava uma baixa de “apenas” 1,8 bilhão de dólares por causa do preço deprimido da commodity. Em Nova York os investidores precificam a decepção: depois de alta de 1,44% no pregão regular, nas negociações pós-mercado os recibos de ações negociados por lá despencam mais de 6%.

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