sexta-feira, 11 de março de 2016

STF deve julgar liberdade de Marcelo Odebrecht na terça-feira



O Supremo Tribunal Federal deve julgar na terça-feira (15) pedido de liberdade de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, que foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. O sinhozinho baiano Marcelo Odebrecht está preso desde junho de 2015. A decisão sobre Odebrecht será da segunda turma do STF, que também vai avaliar pedidos para tirar da prisão de Rogério Araújo e Márcio Faria, ex-executivos da empreiteira que também foram condenados. Marcelo Odebrecht e outros três executivos do grupo foram considerados culpados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa para obtenção de contratos que somam R$ 12,6 bilhões de parte das obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio), da refinaria Abreu e Lima (Rnest, PE) e da refinaria Getúlio Vargas (Repar, PR). As obras estavam entre as 10 maiores do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), principal vitrine de infraestrutura dos governos Lula e Dilma Rousseff. Maior obra do PAC, o Comperj é orçado em R$ 45 bilhões, duas vezes e meia a mais que o custo estimado inicialmente. Abreu e Lima, que deve sair por R$ 26 bilhões, está atrasada seis anos. A estimativa é que a propina paga aos ex-dirigentes da Petrobras e a PT, PP e PMDB – partidos que lotearam as diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras – represente até 3% dos contratos. Quanto aos contratos destas obras, o juiz considerou que Marcelo Odebrecht, Márcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Rocha foram responsáveis pelo pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços) e ao ex-gerente Pedro Barusco. Delatores, Costa e Barusco admitiram o recebimento de suborno em contas no exterior.

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