quarta-feira, 30 de março de 2016

Tropa de choque petista tentou impedir, mas Comissão do Impeachment ouve autores do pedido


A tentativa da tropa de choque petista, de deputados governistas, de conter o avanço da comissão do impeachment, que chega nesta quarta-feira à sua sexta sessão, foi barrada pelo presidente do colegiado, deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). A derrota no colegiado gerou bate-boca e gritos acalorados entre deputados da base e da oposição. Aliados da presidente Dilma Rousseff questionaram a possibilidade de audiência com pessoas ligadas à acusação e à defesa antes da manifestação formal de Dilma Rousseff sobre as denúncias por crime de responsabilidade. Conforme o regimento, e em decisão chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, Dilma Rousseff tem até dez sessões para dar explicações ao colegiado - prazo que se encerra na próxima segunda-feira. O comando da comissão do impeachment agendou para esta semana as oitivas, contrariando parlamentares aliados da presidente Dilma, que tentavam empurrar os depoimentos e, assim, atrasar a comissão. "As diligências no âmbito da comissão destinam-se exclusivamente ao esclarecimento da denúncia, e não à produção de provas. A realização de diligências antes do término do prazo de defesa não acarreta qualquer prejuízo para os direitos da denunciada e podem contribuir muito para a compreensão dos deputados", disse Rosso. A posição do presidente da comissão provocou uma imediata reação da tropa de choque de Dilma. A deputada comunista Jandira Feghali (PCdoB) anunciou que vai recorrer da decisão. O deputado Weverton Rocha (PDT-MA), outro aliado, insistiu na suspensão dos trabalhos e iniciou uma discussão com oposicionistas. Em meio à gritaria, o relator da comissão, Jovair Arantes (PTB-GO), entrou em campo: "Isso aqui, com todo respeito, não é uma Câmara de Vereadores", bradou. Após a confusão, o jurista Miguel Reale Júnior, autor da denúncia contra Dilma, iniciou o seu depoimento. E a seguir, a advogada paulista Janaina Paschoal, autora original do requerimento do impeachment. Ela é professora de Direito na faculdade da USP.  

Um comentário:

Universidade de Direito á Distância disse...

Deputados não são tropas de choques petistas,ele são um barril de petróleo,que vai explodir na cadeia,juntos com seus idealizadores...