sexta-feira, 22 de abril de 2016

Banco Central aponta novo recuo da atividade econômica, de 0,29% em fevereiro


A atividade econômica brasileira continua no negativo em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (22), que ratificam o cenário de recessão. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), caiu 0,29% em fevereiro na comparação com janeiro, em dados dessazonalizados. O índice teve desempenhos mensais negativos desde janeiro de 2015. O indicador caiu 0,68% no primeiro mês do ano, em dado revisado pelo Banco Central, comparado à queda de 0,61% divulgada anteriormente. O desempenho de fevereiro foi melhor que o recuo de 0,56% estimado por analistas. Segundo o Bancco Central, O IBC-Br caiu 6,52% sobre fevereiro de 2015 e acumulou queda de 4,75% em 12 meses –sempre em números dessazonalizados. O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos. No mês de fevereiro, o varejo surpreendeu com alta de 1,2%, embalado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos e de supermercados. Entretanto, a produção industrial teve retração de 2,5% sobre janeiro, no pior resultado em pouco mais de dois anos, diante do quadro político e econômico conturbado. Contribuindo para o tombo da economia, o setor de serviços sofreu declínio de 4,% em fevereiro sobre um ano antes, afetado, sobretudo, pela atividade de informação e comunicação. Foi o dado mais fraco para o mês desde o início da série história do IBGE, em 2012. Economistas vêm sucessivamente revisando para baixo suas projeções para o PIB neste ano. Na pesquisa Focus mais recente, realizada pelo Banco Central com mais de uma centena de economistas, a estimativa era de queda de 3,8%, com expansão de apenas 0,20% em 2017. Se confirmado um tombo desta magnitude neste ano, esta será a pior recessão em dois anos desde que os registros começaram a ser feitos, em 1901.

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