segunda-feira, 11 de abril de 2016

Com impeachment, Dilma suspende reuniões de coordenação política


Com a evolução do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a presidente petista Dilma Rousseff suspendeu a realização das tradicionais reuniões semanais de coordenação política, para as quais convocava líderes do governo e ministros de diferentes partidos para discutir a estratégia do Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Pela terceira segunda-feira seguida, dia da semana no qual costumava realizar a reunião, a presidente abandonou o encontro para se encontrar apenas com a chamada "cozinha" do Palácio do Planalto, formada por ministros e auxiliares mais próximos à petista e responsáveis pela articulação política. A suspensão deve-se a decisão de circunscrever a estratégia para barrar o processo de impeachment apenas ao núcleo de confiança da petista, para evitar vazamentos que possam afetar ou prejudicar a atuação do Palácio do Planalto. A mudança também passa por uma alteração na forma de negociação com os partidos da base aliada. No período, a presidente fez questão de receber em audiências individuais os ministros de outras legendas que costumavam participar do encontro semanal. Nas palavras de um assessor presidencial, a ideia é "dar mais atenção" e demonstrar "mais disponibilidade de diálogo" com ministros de partidos considerados essenciais para barrar o processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, como PP, PR e PSD. A expectativa é que o impedimento seja votado em plenário no domingo (17). O governo federal, no entanto, tentará adiar a data. Nesta segunda-feira (11), em sessão da comissão especial do impeachment, o relator Jovair Arantes (PTB-GO) ressaltou o caráter político do processo de impeachment e disse não haver mais clima para a continuidade de Dilma Rousseff no poder. Segundo o deputado do PTB, a presidente comanda um governo "autoritário", "arrogante" e "falido".

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