quinta-feira, 21 de abril de 2016

Geddel Vieira Lima diz que Dilma precisa parar de se vitimizar e denegrir a imagem do Brasil


 

Ao chegar para a reunião do vice-presidente da República, Michel Temer, com a cúpula do PMDB, nesta quarta-feira (20) na capital paulista, o primeiro-secretário nacional do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff. O político, ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal no governo Dilma, disse que a presidente tem de parar de se vitimizar e denegrir a imagem do País. “O discurso de se vitimizar e bancar a pobrezinha para angariar pena da população só faz denegrir a imagem do Brasil”, afirmou. “Ela tem que respeitar a Constituição e parar com essa conversa fiada de que houve golpe. Ela não teve maioria no Congresso para barrar o impeachment e quem não tem maioria perde as condições de governabilidade”, disse. Segundo ele, o povo brasileiro entende que houve crime de responsabilidade e que a petista feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição: “Além disso, a Câmara já se manifestou favorável ao seu afastamento”. Geddel chegou para o encontro acompanhado do ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores políticos de Temer no Congresso Nacional, também participou da reunião. Jucá disse que estava ali para conversar, já que “as conversas são a matéria-prima da política”. Nas críticas ao PT, o ex-ministro Geddel não poupou outras lideranças petistas, como o poderoso chefão e ex-presidente Lula, que em conversas com correligionários tem afirmado que, se Dilma for afastada e Temer assumir a Presidência, não sairá das ruas em protesto ao peemedebista. “Essa postura não condiz com um ex-presidente da República, que deveria estar pregando a paz e o respeito à Constituição e não embarcar neste discurso bobo de golpe. E logo o PT e Lula que pediram impeachment de tantos presidentes. Seriam eles também golpistas?”, ironizou.

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