quarta-feira, 6 de abril de 2016

Juiz Sérgio Moro envia explicações ao ministro Zavascki sobre o grampo no advogado Roberto Teixeira

O juiz Sérgio Moro enviou nesta terça-feira, para o ministro Teori Zavascki, as explicações solicitadas sobre as interceptações telefônicas aplicadas o advogado Roberto Teixeira, que defende o poderoso chefão e ex-presidente Lula, seu compadre. Sérgio Moro já tinha esclarecido o grampo no celular de Roberto Teixeira, que é "diretamente investigado do processo". Em novo ofício, ele explicou porque interceptou também o terminal fixo do escritório do advogado. Conforme o juiz Sergio Moro, o Ministério Público Federal pediu a interceptação do telefone "diante das informações constantes no processo de que seria ele titularizado pela empresa LILS Palestras do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive, segundo afirma, constava a indicação de tal número de telefone no cadastro CNPJ da empresa LILS". E ainda acrescentou o juiz: "Chama, aliás, a atenção que o número de telefone foi recentemente alterado no cadastro CNPJ, como afirma o Ministério Público Federal". O juiz Sérgio Moro afirmou "que não há nos relatórios de interceptação da Polícia Federal, com a seleção dos áudios relevantes, diálogos interceptados a partir do referido terminal. Se houve de fato interceptação de diálogos do terminal 11 3060-3310, o resultado deve estar no DVD encaminhado a esta Suprema Corte através do ofício 70001744026, não tendo este Juízo condições de verificar o fato já que não dispõe de cópia". E emendou: "Por outro lado, ainda que eventualmente existam diálogos interceptados no terminal 11 3060-3310, não foram eles tornados públicos e, caso, inadvertidamente, tenham, de fato, sido interceptados diálogos de outros advogados, que não o investigado Roberto Teixeira, eles se submeteriam ao procedimento de inutilização do art. 9º da Lei no 9.434/1997". O juiz Sérgio Moro considerou como "extravagantes alegações fora dos autos de que teria havido autorização da parte deste Juízo para interceptação de dezenas de advogados através do referido terminal, o que não corresponde ao efetivamente ocorrido, sequer havendo notícia de qualquer diálogo interceptado".

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