sexta-feira, 8 de abril de 2016

Líder do DEM questiona PGR sobre eventos no Planalto para defesa de Dilma



O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), ingressou nesta terça-feira (5) com uma representação junto a Procuradoria-Geral da República para questionar a conduta da presidente Dilma Rousseff e funcionários do governo que, segundo o senador, utilizaram eventos oficiais no Palácio do Planalto para defender o mandato da petista. O senador também acusa Dilma de ter permitido que líderes de movimentos sociais incitassem crimes contra a classe política nos eventos. A referência se dá ao presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Aristides Santos. Na semana passada, durante ato de regularização de terras quilombolas e da reforma agrária, ele defendeu a invasão de propriedades e de gabinetes de parlamentares que votem pelo impeachment. Para Caiado, Dilma transformou eventos oficiais em palco para ameaças a políticos que defendem a saída da presidente. "A presidente comete crime de prevaricação ao deixar que declarações como essa aconteçam em eventos oficiais do governo. Que o PT endossa invasões, assassinatos e sequestros, todo mundo sabe. O que não imaginávamos é que haveria uma autorização explícita a crimes dentro do Palácio com a presença da presidente da República. Dilma está estimulando a bandidagem", acusou Caiado. O senador afirmou ainda na representação que Dilma e seus ministros praticaram atos de improbidade e lesão ao erário ao promover em espaço público, com verba da União, eventos de cunho político e autopromocional. "Não há dúvidas que Dilma e seus ministros lançaram mão de uma estrutura custeada pelos cofres públicos com o único objetivo de favorecer a defesa da presidente no processo de impeachment. Causaram lesão ao Erário e violaram diversos princípios da administração pública", disse. Também estão citados na representação os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), além do chefe do Cerimonial da Presidência, Renato Mosca.

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