sexta-feira, 15 de abril de 2016

Líder do governo ataca caravanas de deputados ao Palácio do Jaburu


O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), atacou na manhã desta sexta-feira (15) o vice-presidente da República, Michel Temer, por usar a residência oficial, o Palácio do Jaburu, para fazer as articulações políticas a favor do impeachment de Dilma Rousseff. O petista usou o tempo de líder durante a sessão em que teve início a análise do processo de afastamento da presidente. Ao criticar o vice, Guimarães fez uma comparação com o poderoso chefão e ex-presidente Lula, hospedado no hotel Royal Tulip, em Brasília, desde o início da semana, onde tem recebido aliados em busca de votos favoráveis ao governo. "É mais grave estar no hotel articulando ou no Jaburu recebendo dezenas de caravanas e discutindo ministérios?", questionou o líder petista. Para o deputado, ao se reunir com defensores do impeachment de Dilma, o "vice presidente da República assume uma posição, comanda uma posição de querer governar o País". Mantendo o discurso que o PT tem defendido desde o início da tramitação do processo na Câmara, em dezembro, quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu andamento ao caso, Guimarães disse que não há "objeto jurídico". "Vamos cassar a presidente porque estamos insatisfeitos, não tem mais jeito?", questionou e continuou: "Estou convencido. Temos voto para derrotar. Eles não têm voto para aprovar esse impeachment. Não é dessa forma, dar o golpe, a qualquer preço, a qualquer custo", encerrou. A sessão desta sexta começou, como previsto, pontualmente às 8h55, com a exposição da acusação. O advogado Miguel Reale Jr., um dos autores do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, argumentou os motivos para o afastamento da petista. Em seguida, tomou a tribuna da Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que adotou duro discurso contra a oposição e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem acusou de "chantagem" por ter acatado o pedido de afastamento de Dilma.

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