terça-feira, 19 de abril de 2016

Lula, Falcão e Haddad traçam plano de sabotagem do governo Temer

Presidente do PT anuncia que o esforço será para deslegitimar o futuro presidente dentro e fora do País

Por Reinaldo Azevedo - Bem, reconheça-se ao menos uma honestidade ao PT, já que nenhuma outra lhe pode ser atribuída. O partido decidiu que, na vigência do governo Michel Temer, vai se comportar como um sabotador e atuará ao arrepio da Constituição, das leis e das instituições. Espero que a democracia e o estado de direito se encarreguem da turma caso a legenda cumpra suas ameaças. O plano de sabotagem do futuro governo foi delineado nesta terça-feira, em encontro no Instituto Lula, que reuniu, além do antecessor de Dilma, o presidente do PT, Rui Falcão; o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad — eis um homem que entende de povo —; o coxinha vermelho Guilherme Boulos, do MTST; Gilmar Mauro, do comando do MST, e Rui Falcão, presidente do PT. Depois de dar com os burros n’água ao tentar transformar o País num prostíbulo de quarto de hotel, Lula está revoltado. Anda bravo até com o deputado Tiririca. No encontro, o chefão petista defendeu que o caminho é deslegitimar o governo Michel Temer. Ele não se mostrou um entusiasta, por enquanto, do encurtamento do mandato de Dilma, com novas eleições. Disse que isso seria jogar a toalha. Bem, ainda que não fosse, tratar-se-ia de uma inconstitucionalidade. Foi de Rui Falcão que partiram a ameaça e a promessa explícitas. Ao falar com a imprensa depois do encontro, disse qual é o busílis: “O PT não vai permitir que ele ponha em prática o seu programa. Não podemos permitir que, depois de anos de avanço, venha um cara sem voto retirar direitos que foram conquistados com muita luta. É muito mais do que oposição parlamentar só. É dizer para a população que, com um governo ilegítimo, não tem paz, não tem tranquilidade, tem luta. É deslegitimação permanente aqui e no Exterior”. Como se nota, é um plano de sabotagem que não dispensa nem mesmo a difamação do País mundo afora. Observem que não Falcão não está dizendo que vai se opor a essa ou àquela medida. Ele está deixando claro que não aceita é a solução constitucional. É a cara deles: nas eleições de 2006, 2010 e 2014, trataram a possibilidade de perder a disputa para a oposição como um retrocesso; como se a vitória do adversário constituísse um assalto ao poder. Eis a cabeça da esquerda mistificadora e mixuruca. E a coisa não para por aí. Franjas do partido no mundo sindical, sob o comando de Lula, também partem para a ameaça. A Federação Única dos Petroleiros, a FUP, convocou os sindicatos dos trabalhadores da Petrobras para discutir uma paralisação contra o impeachment. A entidade, que é ligada à CUT, alega que a saída ameaça direitos trabalhistas e pode representar “a entrega do pré-sal para as multinacionais”. A FUP solicitou aos 12 sindicatos associados para debater a proposta de uma greve unificada com outras categorias para questionar o processo de impeachment. Nota à margem: em seu pronunciamento eivado de mentiras, a própria Dilma esgrimiu a mentira de que o futuro governo pretende entregar o pré-sal a empresas estrangeiras. Eis aí a estratégia criminosa para inviabilizar o País. Assim agem as esquerdas quando são derrotadas numa disputa democrática: basta chamar a solução vencedora de golpe e reivindicar o suposto direito à rebelião, que nada mais seria, no caso em espécie, do que subversão da ordem democrática. É claro que a democracia brasileira dispõe de instrumentos para enfrentar a desordem. E eles terão de ser usados caso ela sobrevenha. Talvez, em alguma medida, o PT conte com isso. Faz tempo que o partido tá doido para ver soldado na rua. Isso colaboraria com a sua farsa. Que o futuro governo se prepare. Será preciso ser o mais didático e esclarecedor possível a respeito dos fatos que tomarem as ruas — caso isso venha a acontecer. Até porque será a disputa de uma minoria de extremistas e apaniguados, contra a maioria que luta honestamente para ganhar a vida, mesmo em meio às adversidades. Mais: há uma diferença entre o exercício da liberdade de expressão e ameaças que, em qualquer democracia do mundo, seriam consideradas aquilo que são: terroristas. Mas estou certo de que a democracia conseguirá combater as tentações ditatoriais da fascistada de esquerda, incluindo os convivas do encontro desta terça-feira.

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