quarta-feira, 13 de abril de 2016

Ministra da Agricultura e entidade rural divergem sobre impeachment de Dilma

Enquanto a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mobiliza produtores rurais de todo o país para manifestação pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu – que é presidente licenciada da entidade –, segue no sentido oposto. Em sua conta no Twitter, a ruralista comentou o placar da votação do relatório na comissão da Câmara. "Tivemos ontem (segunda-feira) 42% dos votos na comissão contra o impeachment. Ótimo resultado, pois no plenário são necessários 33%. Mas teremos mais que isto", escreveu. O apoio incondicional à Dilma, a despeito da saída do PMDB do governo, deve lhe custar a expulsão – a solicitação já foi encaminhada – do partido. Na convocação para a manifestação de domingo, a CNA justifica que "a desestabilização da economia, provocando inflação, desemprego e perda de renda, além da violência no campo, com invasões de propriedades, são fatores que exigem da sociedade brasileira um posicionamento firme pela saída da presidente". Na semana passada, a entidade manifestou-se publicamente a favor do impeachment. O vice-presidente da CNA José Mário Schreiner defende um trabalho de convencimento dos deputados indecisos para a votação do domingo. Integrante da confederação, a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) fará concentração a favor do impeachment em Porto Alegre, no Parcão. Um grupo de dirigentes irá para Brasília, para fazer contato com parlamentares. Não será enviada nenhuma delegação de produtores. O presidente, Carlos Sperotto, explica a razão: "Estamos em plena safra, os produtores estão colhendo". Hoje, a CNA também reúne na Brasília entidades do agronegócio para discutir o cenário de crise. Presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber é um dos que estará presente.

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