terça-feira, 5 de abril de 2016

O empreiteiro kirchnerista Lazaro Baez, dono de cassinos na Argentina, é preso sob acusação de lavagem de dinheiro


O empresário Lázaro Báez, dono de uma das construtoras que mais venceram licitações de obras nos governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015), e de cassinos na Argentina, foi preso na tarde desta terça-feira (5) ao descer de seu avião particular no aeroporto de São Fernando, na Grande Buenos Aires. Lázaro Báez é investigado por lavagem de dinheiro e foi preso preventivamente após a Justiça avaliar que havia risco que ele fugisse dois dias antes da data em que deveria se apresentar para depor. O empresário foi convocado para dar esclarecimentos sobre um vídeo em que seu filho Martín aparece contando US$ 5,1 milhões (R$ 18,8 milhões) em uma financeira. Segundo o mandado de prisão, há suspeitas de que o dinheiro tenha origem ilícita. O contador do grupo, Sebastián Perez Gadín, também foi preso. Báez era um dos melhores amigos do ex-presidente peronista populista Néstor Kirchner, morto em 2010, tendo sido responsável por construir o gigante mausoléu onde o político foi enterrado. Os Kirchner conduziram governos tremendamente corruptos na Argentina. O empresário também é investigado no caso Hotesur por ter pagado diárias fictícias ao grupo hoteleiro de Cristina Kirchner. Comentam que, nas últimas semanas, no entanto, a relação entre as famílias Kirchner e Báez azedou. Em meio a várias denúncias de corrupção feitas pela imprensa, o empresário afirmou que a cunhada de Cristina, Alicia (que também é governadora da província de Santa Cruz), não tinha como explicar seu patrimônio. Antes, em uma tentativa de dissociar a imagem dos Kirchner da de Báez, Alicia dissera que sua família não tinha nenhuma sociedade com o grupo empresarial e criticou a atuação da construtura: "A empresa de Báez não cumpriu com as obras da província e, por isso, pedi rescisão dos contratos". Isso parece ser um jogo de cena, porque existe um forte suspeita de que ele e Cristina Kirchner são efetivamente sócios nos cassinos. O ex-secretário de Transportes kirchnerista, Ricardo Jaime, foi preso recentemente também porque a Justiça avaliou que havia possibilidade de fuga. Detido desde sábado (2), ele é suspeito de corrupção e apontado como responsável por uma compra pública de 101 milhões de euros (R$ 420,4 milhões) em trens usados da Espanha e de Portugal. Os vagões nunca funcionaram na Argentina. Na segunda-feira (4), Jaime afirmou que realizou a aquisição obedecendo ordens de Néstor e Cristina Kirchner. A intenção do então presidente, segundo o ex-secretário, era reformar os trens na Argentina. Os Kirchner foram pontas de lança do Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro, na Argentina. 

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