sexta-feira, 15 de abril de 2016

Operador da campanha de Dilma é preso pela Polícia Federal


Responsável por pagar contas da campanha presidencial do PT em 2010, Benedito de Oliveira, o Bené, foi preso hoje, preventivamente, pela Operação Acrônimo poucos dias após o indiciamento do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, ex-coordenador do comitê eleitoral de Dilma. As provas que embasaram as conclusões da Polícia Federal são robustas - e maculam mais uma pessoa que faz parte do universo restrito de Dilma.Bené foi o responsável por pagar as despesas de uma casa em Brasília que servia à campanha que elegeu Dilma, sob a coordenação de Pimentel. O empresário, que após o PT assumir o governo federal viu suas empresas ampliarem geometricamente seu faturamento, também bancava as despesas pessoais do governador petista Fernando Pimentel e da primeira-dama, Carolina Oliveira. Era no avião particular de Bené que Pimentel voava de um lado para o outro do País. O operador também pagava as hospedagens do casal. Em novembro de 2013, por exemplo, ele desembolsou 12.127 reais para que o ex-ministro e a sua mulher pudessem desfrutar de um fim de semana num bangalô luxuoso no Kiaroa Resort, na Península de Maraú, no sul da Bahia. As empresas de Bené, como a Gráfica e Editora Brasil, receberam meio bilhão de reais do governo do PT em serviços gráficos e de organização eventos - parte dos pagamentos, sem que os serviços sequer tenham sido prestados. A situação de Fernando Pimentel e da presidente Dilma deverá se agravar ainda mais nos próximos meses. A empresária Danielle Fonteles, dona da agência de publicidade Pepper, que atendia o governo Dilma e a campanha da presidente, promete contar tudo o que sabe sobre o seu envolvimento com o ex-ministro. Pimentel foi o responsável por intermediar a contratação da Pepper pela campanha da presidente Dilma em 2010. A agência substituiu a Lanza Comunicação, envolvida em espionagens clandestinas. A relação entre a Pepper e o PT foi tão frutífera que a empresa recebeu 15 milhões de reais do partido entre 2013 e 2015. O contrato, porém, foi rompido no ano passado, com o avanço da Operação Acrônimo que tisnou a imagem da Pepper. Danielle Fonteles se comprometeu a contar aos investigadores que Fernando Pimentel foi o responsável por negociar com a construtora Andrade Gutierrez o pagamento de 6 milhões de reais de serviços prestados pela Pepper à campanha de Dilma em 2010.

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