sábado, 30 de abril de 2016

PMDB lança programa de governo



O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, já tem pronto o seu programa de governo. Depois de divulgar em novembro um manifesto econômico liberal, "Uma Ponte Para o Futuro", o partido vai apresentar oficialmente na próxima semana um novo documento, intitulado "A Travessia Social", com suas metas sociais. O texto ainda pode sofrer pequenas alterações. Um ponto se destaca: ao contrário do programa anterior, mais genérico, o PMDB agora fala claramente no que vai fazer ou lançar. É a fala de quem já se vê no poder. O programa, em seu início, anuncia: "O primeiro dever do governante é falar sempre a verdade. E reconhecer e compreender os problemas com que têm de lidar". O documento então traça os principais compromissos que Michel Temer terá com a população. No que diz respeito à crise enfrentada pelo País, ele informa: "Estamos diante de dois círculos viciosos que precisam ser rompidos. O primeiro diz respeito ao crescimento econômico e ao equilíbrio fiscal. O outro círculo vicioso é mais complexo, com três elementos: nível de atividade econômica, situação fiscal e políticas sociais. Fala ainda de "objetivos sagrados" a serem estabelecidos. A saber: "Preservar o bem-estar dos 40% mais pobres e, adicionalmente, elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres - 10 milhões de pessoas - para as quais têm sido mais desafiador promover a inclusão social e produtiva". O documento assume compromisso explícito com a manutenção de programas que, segundo o PT, seriam descartados com a interdição de Dilma Rousseff, tais como o "Bolsa Família", o "Minha Casa Minha Vida" e o "Pronatec" - que o PMDB descreve como "bem desenhados", mas mal geridos ou tornados ineficazes pela crise econômica. O programa dá atenção ainda à saúde. Diz: "O governo deve implantar um cartão de Saúde, pessoal e intransferível, atribuído a qualquer brasileiro desde o nascimento para o seu acesso à rede de saúde, com um conjunto de direitos e deveres definidos. A informação relacionada no cartão vai conter a história clínica da pessoa, com acesso restrito a ela e ao médico de família. Será o início de um grande choque de gestão no sistema". E segue, ainda sobre a saúde: "É necessária uma política de remuneração dos provedores e unidades de saúde, associada ao desempenho e à qualidade do serviço prestado, aplicável aos estabelecimentos públicos e privados". O programa abraça também a educação, e afirma centrar-se em linhas como: "Prioridade para o ensino fundamental e médio, foco na qualidade do aprendizado e na sala de aula, maior presença do governo federal no ensino básico", entre outras. O texto do PMDB se concentra, por fim, no que ele chama de "A Regeneração do Estado". O partido diz que vai apoiar a continuidade das ações da Operação Lava Jato e que "um Brasil ético pede ainda que um novo governo reforce o papel institucional da Controladoria Geral da União, órgão fundamental para investigar e coibir os casos de corrupção no Estado; assegure recursos para o bom desenvolvimento dos trabalhos da Polícia Federal e da Receita Federal, órgãos fundamentais no combate ao crime".

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