segunda-feira, 11 de abril de 2016

Polícia Federal indicia o governador petista Fernando Pimentel por corrupção,quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de influência



PF indicia Fernando Pimentel por corrupção
Governador de Minas Gerais é investigado na Operação Acrônimo e em inquérito por falsidade ideológica eleitoral

11/04/2016 às 20:10 - Atualizado em 11/04/2016 às 20:53


A Polícia Federal indiciou criminalmente o governador de Minas Gerais, o petista e ex-terrorista Fernando Pimentel (PT), por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. O enquadramento penal de Pimentel ocorreu no inquérito da Operação Acrônimo e em outro inquérito - desmembramento da Acrônimo - por crime de falsidade ideológica eleitoral. Segundo a Policia Federal, o governador teria favorecido uma grande revendedora de veículos. Pimentel havia sido intimado para depor na sexta-feira passada, mas não compareceu. O governador é alvo da Acrônimo por recebimento de vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que ele comandou de 2011 a 2014. O indiciamento do governador foi autorizado pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, em fevereiro. O ministro argumentou que, se os policiais responsáveis pelo caso cumpriram as etapas necessárias à investigação, não havia motivo para impedir o indiciamento. No inquérito policial, indiciar corresponde a imputar a algum suspeito a autoria de determinado ilícito penal. Não significa, contudo, que o Ministério Público Federal concordará com os argumentos e denunciará o envolvido. No início do ano, a Polícia Federal pediu ao Superior Tribunal de Justiça o indiciamento de Pimentel por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas o Ministério Público Federal deu parecer contrário à medida. A Polícia Federal havia solicitado também autorização para interrogar Pimentel, o que foi permitido por Benjamin. Na Operação Acrônimo, em outra frente de investigação, a Polícia Federal apura suposta "venda" de portarias que beneficiavam o setor automotivo durante a gestão do petista e de seu sucessor, Mauro Borges, no Ministério do Desenvolvimento. Também há suspeitas de que houve financiamento irregular da campanha do ex-ministro ao governo mineiro, em 2014. 

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