quarta-feira, 25 de maio de 2016

Em reação a críticas, novo titular do MinC diz que cultura não tem partido


O ministro da Cultura, Marcelo Calero, ressaltou em sua cerimônia de posse que a sua gestão à frente da pasta nunca estará "a serviço de um projeto de poder" e acrescentou que a área da cultura não tem partido político. Em discurso no Palácio do Planalto na tarde de terça -feira (24), Calero disse que pretende fazer um diálogo produtivo com os diferentes segmentos da área e agradeceu o presidente interino por ter devolvido a cultura "à altura de suas ambições", em uma referência à decisão inicial do peemedebista de acabar com a pasta. À frente da secretaria municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Calero chegou a participar de encontro com artistas contra a extinção do ministério antes de ser convidado oficialmente para o posto. "Nós estaremos sujeitos sempre àquilo que a sociedade demanda e nunca a serviço de um projeto de poder, porque o financiamento público é um instrumento imprescindível", disse. "O partido da cultura é o da cultura, não de qualquer outro", acrescentou. O recuo na extinção da pasta também foi citado pelo presidente interino. Em discurso, ele reconheceu que cometeu um equívoco ao ter sugerido a vinculação da Cultura ao Ministério da Educação. O peemedebista também ressaltou que a cultura "não é de ninguém" e "não é de um partido político", mas é nacional. "Eu verifiquei que a cultura era um setor tão fundamental para o País que deveria ficar apartada da educação", avaliou. O presidente interino também prometeu que, até o final do ano, quitará em parcelas o débito de mais de R$ 200 milhões da pasta. Mesmo com o recuo de Temer sobre a extinção da pasta, parcela da classe artística continua a criticar a gestão do peemedebista. Na Virada Culturaa deste ano, na capital paulista, protestos contra ele foram feitos durante apresentações. No discurso, Calero ressaltou que aprofundará conquistas da pasta nos últimos anos e defendeu o aumento do financiamento público para a democratização da cultura. Ele pregou também a necessidade de criação de marcos legais tributários e trabalhistas para o setor cultural e afirmou que mecanismos de financiamento devem ser ampliados, observando as características regionais para investimentos.

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