sexta-feira, 20 de maio de 2016

Fortunati anuncia começo de outra obra virtual, que ele não irá terminar em seu mandato


O desastroso prefeito de Porto Alegre, a alma petista José Fortunati (PDT), anunciou que irá começar na segunda-feira outra obra que não concluirá. Desta vez serão as obras de ampliação da avenida Severo Dullius, lançada em 2011 e depois paralisada por incompetência da prefeitura e esperteza da empreiteira. O novo trecho deverá ter dois quilômetros e pretende servir como alternativa às saturadas avenidas Sertório e das Indútrias, na zona Norte. A atual avenida Dique terá bloqueio a partir de segunda-feira. O prefeito, que prometeu entregar tudo durante a Copa, quer fazer em 7 meses o que não fez em cinco anos, já que prometeu inaugurar a nova obra no mês de dezembro, o último mês do seu mandato atual. Ele sabia perfeitamente que essa obra era impossível, porque foi avisado por Videversus a esse respeito. O terreno por onde deve passar a avenida é um aterro de lixo, o Aterro da Zona Norte, que acumula milhões de toneladas de lixo, em uma cota que alcança até oito metros de altura (nos mesões, a altura do maior chega a 18 metros, e o menor a 9 metros). Dois canais drenam o chorume, sem qualquer tratamento, para o rio Gravataí, que corre do outro lado da autoestrada Freeway. Para fazer a avenida seria necessária a remoção de centenas de milhares de toneladas de lixo, em um operação que não tinha licenciamento ambiental e que era inviável pelo preço proibitivo. A mesma coisa com a pretendida e muito mentirosa intenção de alongamento da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Agora ele pretende que a nova avenida siga os moldes de estrada de Key Biscane, construída sobre pilotis, como uma elevada. Também não há licenciamento para esta obra. Além disso, toda a área está sob comando judicial, em sentença definitiva da 3ª Vara da Fazenda Pública, que obriga a prefeitura a fazer a remediação ambiental da região, onde 15 milhões de toneladas de lixo foram colocadas diretamente sobre o solo nú, sem qualquer impermeabilização. É um gigantesco contencioso ambiental, o maior do Rio Grande do Sul, e um dos maiores do Brasil. 

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