sábado, 28 de maio de 2016

Trump alcança número de delegados para ser candidato republicano

O empresário Donald Trump atingiu o número de delegados necessários para conquistar oficialmente a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos. A contagem de delegados indica que Trump tem o apoio de 1.238, um a mais de que os 1.237 necessários para ser formalmente declarado candidato do partido na convenção de julho. 


Durante uma entrevista na Dakota do Norte, Trump afirmou que, apesar das dúvidas sobre ele conseguir a soma necessária de delegados em seu partido, hoje ele "assiste Hillary Clinton batalhar" pela escolha de seu nome para a vaga democrata na corrida eleitoral: "Ela não consegue fechar o negócio, deveria ser fácil". Trump disse que logo no início de um eventual mandato seu na Casa Branca, ele iria rever decisões executivas da administração Obama, inclusive em relação às fronteiras, e faria investimentos no setor militar. As próximas prévias dos republicanos em cinco Estados ainda devem definir o apoio de 303 delegados, o que deve ampliar ainda mais a força de Trump e evitar uma convenção disputada. Único remanescente nas prévias que definem o presidenciável republicano, Trump venceu a mais recente etapa estadual na terça-feira (24), em Washington. Trump já havia se tornado o virtual candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais dos Estados Unidos após a desistência de seu principal rival, o senador Ted Cruz, no início de maio. Cruz abandonou a disputa após perder por larga margem de Trump nas prévias do partido no Estado de Indiana. O anúncio causou surpresa, já que o senador havia prometido na véspera que via sentido em manter a campanha mesmo se perdesse essa etapa. Um dia depois, John Kasich, o último rival no caminho de Trump para ser o candidato republicano à Casa Branca, também desistiu. Governador de Ohio, ele anunciou sua retirada, reconhecendo que sua mensagem não "teve grande apelo de audiência". Com a oficialização da candidatura de Trump, o caminho do partido fica livre para focar na provável adversária do Partido Democrata na eleição, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. No início desta semana Trump apareceu pela primeira vez à frente de Hillary nas pesquisas eleitorais sobre a eleição de novembro. Os dados da segunda-feira (23) indicavam que o republicano superaria a rival democrata na média de várias pesquisas de intenção de voto compiladas pelo site Real Clear Politics: 43,4% contra 43,2%. A diferença é de décimos, mas inédita desde que as preferências para a eleição de novembro começaram a ser aferidas, em julho de 2015. Na quinta (26), Hillary já voltou a ultrapassar Trump, e tinha 43,8% contra 42,8% dele, segundo a média calculada pelo Real Clear Politics. Para vencer a eleição nos Estados Unidos, porém, não basta ter a maioria dos votos no país. É preciso vencer nos Estados mais populosos e, assim, obter maioria no Colégio Eleitoral - um tabuleiro de xadrez no qual, segundo as pesquisas estaduais disponíveis, Trump não prevalece por ora. 

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