quarta-feira, 18 de maio de 2016

Usiminas e ArcelorMittal seguem CSN e elevarão preços de aço novamente



As companhias siderúrgicas Usiminas e ArcelorMittal estão informando distribuidores de aços planos nesta semana sobre um terceiro reajuste nos preços, seguindo anúncio feito na semana passada pela rival CSN, disse nesta terça-feira (17) o presidente da entidade que representa os revendedores. "Usiminas e Arcelor estão subindo mais uma vez os preços, ao redor de 10%", disse o presidente do Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço), Carlos Loureiro. Segundo ele, o novo aumento, o terceiro seguido desde abril, é válido a partir de 1º de junho. Loureiro comentou que com o novo reajuste a diferença de preços do aço entre os mercados interno e externo fica positiva em 5%, o que dificultaria um eventual quarto incremento nos próximos meses. No total, os três reajustes elevarão os preços do aço aos distribuidores em 35%, disse ele. Segundo o presidente do Inda, o cenário favorável para o reajuste ocorre depois que as siderúrgicas conseguiram implementar totalmente os dois aumentos anteriores junto aos distribuidores, que são responsáveis por cerca de 30% do volume de produção das usinas. Além disso, as importações de aço seguem em queda livre, dificultadas por falta de crédito a importadores e baixa demanda interna, o que tem como consequência um encarecimento de despesas relacionadas a frete. "Está praticamente impossível importar", disse Loureiro. De janeiro a abril, as importações de aço plano no Brasil despencaram 76,2% sobre um ano antes, para 151,4 mil toneladas, segundo dados do Inda. A entidade informou mais cedo que as vendas de aços planos por distribuidores em abril caíram 8,4% sobre um ano antes, acumulando queda no primeiro quadrimestre de 11,9%. Loureiro afirmou que o Inda mantém a previsão de que as vendas do setor este ano vão encolher 7%, para 2,946 milhões de toneladas, mas a entidade deverá rever a projeção no próximo mês, passada a posse de Michel Temer como presidente interino. "Agora a perspectiva é um pouco melhor para a economia. A Dilma não estava conseguindo aprovar nada de positivo com o Congresso do jeito que estava (...) Agora o presidente Temer tem nesta fase de lua de mel boas chances de aprovar medidas necessárias", disse Loureiro. "O pior cenário agora é a Dilma voltar", acrescentou.

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