segunda-feira, 20 de junho de 2016

Bené, o delatar do ex-terrorista e petista Fernando Pimentel, vai para a prisão domiciliar


O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado pela Polícia Federal como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em esquema de corrupção e fraude eleitoral, foi solto na sexta-feira, 17, e está em prisão domiciliar. Bené fechou acordo de delação premiada no âmbito das investigações da operação Acrônimo, que apura recebimento de vantagens indevidas pelo ex-terrorista e petista Pimentel quando ele era Ministro da Indústria e Comércio Exterior. Ele estava detido desde 15 de abril. Na prisão, ele decidiu colaborar com a Justiça e afirmou que o Grupo CAOA pagou propina de R$ 20 milhões ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Os pagamentos, segundo Bené, ocorreram entre 2013 e 2014, ano em que o petista deixou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para candidatar-se ao governo. Dos R$ 20 milhões, afirmou o delator, R$ 7 milhões foram repassados diretamente a Fernando Pimentel no Exterior. O restante teria sido usado na campanha. Bené fez delação junto ao Ministério Público Federal. São vinte anexos, cada um correspondendo a uma suposta irregularidade envolvendo não apenas Fernando Pimentel, mas também outros políticos. Um anexo é denominado 'Evento CAOA'. Para os investigadores, o relato de Bené mostra que Pimentel teria transformado o Ministério em uma "agência de negócios", alterando portarias para atender pleitos de segmentos empresariais em troca de doações para sua campanha. Bené e o petista já foram denunciados criminalmente, no início de maio, pela Procuradoria da República. A Pimentel, a Procuradoria atribui corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na mesma acusação foram incluídos outros seis investigados, entre eles o ex-ministro Mauro Borges - sucessor de Pimentel - e o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da CAOA. 

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