domingo, 12 de junho de 2016

Enfim, Poder Eleitoral da Venezuela dá prosseguimento ao referendo para tirar do poder o ditador Maduro



A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Tibisay Lucena, confirmou na sexta-feira que a etapa de validação de mais de 1,3 milhão de assinaturas de pessoas que apoiam o início de um referendo para revogar o mandato do ditador do país, o comunista bolivariano Nicolás Maduro, será realizada entre os próximos dias 20 e 24 deste mês. Tibisay disse aos jornalistas que após a "apuração" de mais de 600.000 assinaturas, agora terá início à nova fase de cinco dias para que as pessoas confirmem seu apoio ao processo. Depois, haverá uma "revisão da validação", que se estenderá até o dia 26 de julho. Só depois dessa etapa, o Parlamento pode dar prosseguimento ao referendo, que ainda não tem uma data no horizonte. A presidente do CNE informou, além disso, que foi publicada, no site do órgão, uma base de dados com o nome das 1,3 milhão de pessoas que assinaram o apoio do referendo e, se assim desejarem, possam excluir seus nomes da relação. Em uma breve declaração, a chefe do CNE exigiu que "as partes envolvidas" no processo "respeitem a integridade dos funcionários eleitorais" e as sedes do CNE. "Queremos dizer muito enfaticamente que qualquer agressão, alteração da ordem ou violência provocarão a suspensão imediata do processo até que se restabeleça a ordem, a tranquilidade e o respeito", afirmou Tibisay. O alerta da presidente do CNE ocorre um dia depois de deputados de oposição terem sido agredidos por milicianos chavistas e policiais em frente à sede do órgão eleitoral. No incidente, o líder da bancada opositora, Julio Borges, sofreu vários ferimentos no rosto. Horas depois do episódio, Luis Emilio Rondón, o único dos cinco membros do CNE que é ligado à oposição, anunciou que a etapa de validação da assinatura teria início no próximo dia 20. O anúncio era esperado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) havia mais de uma semana, período em que a coalizão pressionou o CNE por respostas com diferentes protestos.

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