sexta-feira, 17 de junho de 2016

Valor de venda da AES Sul reforça percepção de que preço da Celg está muito caro



O preço de venda AES Sul para a CPFL Energia, confirmada hoje, reforça o discurso de agentes do setor de que o valor pedido pelo governo pela Celg, da Eletrobras, está muito salgado, e pode afastar possíveis compradores. A distribuidora gaúcha foi vendida por 1,7 bilhão de reais, o que, considerando também suas dívidas, equivale a cerca de 1,5 vez sua base regulatória de ativos – em português claro, a base sobre a qual é definida a remuneração via cobrança de tarifas. No caso da distribuidora de Goiás, o valor pedido pelo governo é de nada menos que 2,8 bilhões de reais, ou, na mesma comparação, 2,1 vezes sua base regulatória. A Celg é a primeira empresa do grupo Eletrobras que deve ser privatizada. O processo está pronto desde o fim do ano passado e aguarda apenas a luz verde do governo. O temor é que, se não houver revisão no valor, não haja interessados.

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