segunda-feira, 4 de julho de 2016

Até baterista da Escola Maior da Restinga recebeu pixulecos do petista Paulo Ferreira, propina desviada da Petrobras


Mais de R$ 1 milhão foram distribuídos para o petista Paulo Ferreira. Entre os novos alvos da Lava Jato também há executivos do cartel de empreiteiras que tocou as obras, especialmente do Cenpes, o centro de pesquisa e inovação da estatal. Na foto, a rainha Viviane Rodrigues, da Escola de Samba da Restinga. O puxador de samba Sandro Ferraz (na foto abaixo), ligado à escola de samba, também recebeu dinheiro sujo de Chambinho, por orientação de Paulo Ferreira. Até uma escola de samba, a Escola Maior da Restinga, Porto Alegre, foi usada pelo PT para receber propina escoada da Petrobras. O jeitinho criativo de distribuir pixuleco foi descoberto na investigação da 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Abismo e deflagrada nesta segunda-feira (4). Nessa etapa, os investigadores mapearam o caminho de mais de R$ 18 milhões desviados de obras da Petrobras. Nesta fase da Lava Jato, policiais federais saíram às ruas para cumprir 22 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária e sete mandados de condução coercitiva. Alvo do único mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Sergio Moro, o ex-tesoureiro Paulo Ferreira já está preso há duas semanas pela Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato que apurou desvios no Ministério do Planejamento. Também é investigado o pagamento de R$ 18 milhões para que a WTorre, construtora que não participou do cartel, saísse da concorrência e permitisse que o cartel renegociasse preço com a Petrobras.

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