quarta-feira, 6 de julho de 2016

Câmara rejeita pedido de urgência para projeto de renegociação da dívida dos Estados


Em uma derrota inesperada para o governo Michel Temer, a base aliada ao Palácio do Planalto na Câmara não conseguiu aprovar a urgência constitucional do projeto que trata da renegociação das dívidas dos Estados com a União. Para que fosse aprovado, o pedido precisaria do voto favorável de pelo menos 257 votos. Em votação nominal, feita na noite desta quarta-feira, 253 parlamentares se posicionaram a favor da urgência, 131 contra e houve duas abstenções. A chinelagem do baixo clero, aquela bandidagem que integra o baixo clero, atualmente denominada de Centrão, não permitiu a aprovação para fazer mais cobranças do governo Temer, em termos de verbas e vagas em órgãos públicos. Ou seja, quer autorizações para roubo de recursos públicos. O pedido de urgência era importante para o governo porque colocaria o projeto como prioridade de apreciação no plenário. Defendido pelo governo, o texto é fruto de acordo com governadores e prevê, entre outros pontos, o alongamento das dívidas dos Estados com a União. Por um lado é bom, porque impede a continuidade da gastança criminosa nos Estados e também da União, que bancará por essa renegociação. Na verdade, no fundo mais essa autorização para gastança será bancada, como sempre, pelo contribuinte brasileiro. Mais cedo, o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), disse que uma das prioridades da próxima semana na casa será a votação do mérito do texto que trata da renegociação das dívidas. "Esse projeto é de grande importância para os Estados em virtude da crise por eles enfrentada", disse. Nesta quarta-feira, deputados da oposição não concordaram com contrapartidas impostas pelo governo para que o alongamento dos débitos seja feito. O ponto mais questionado é a inclusão de regras que estabelecem um teto para gastos dos Estados, em molde semelhante à proposta que tramita na Casa sobre as despesas da União. É sempre assim, o bagaços da oposição, a esquerdalha populista corrupta, que garantir a continuidade das autorizações perenes para gastança, o que assegura a roubalheira dos cofres públicos. Com a falta de acordo, o mérito do projeto não entrou na pauta desta noite, mas a aprovação da urgência era dada como certa. Para conseguir a prioridade, o governo agora precisará colher novamente as assinaturas para o pedido de urgência e conseguir aprová-la em nova sessão. Uma das preocupações é o tempo curto para aprovação antes que os deputados entrem em "recesso branco". A pausa nos trabalhos será iniciada na próxima sexta-feira, dia 15, e vai até o início de agosto. O Supremo Tribunal Federal deu prazo até 22 de agosto para que União e Estados formalizem o acordo sobre as dívidas, o que seria efetivado com a aprovação da lei.

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