terça-feira, 19 de julho de 2016

Defesa quer quer sejam mantidos em segredo os diálogo do ex-presidente propineiro da Andrade Gutierrez


A defesa do ex-presidente da Andrade Gutierrez, o delator da Lava Jato e empresário propineiro Otávio Marques Azevedo, solicitou ao juiz Sérgio Moro que todo o material das conversas do WhatsApp e mensagens SMS dos celulares do empreiteiro fiquem em segredo de Justiça. No pedido, os advogados Juliano Breda e Flávia Trevizan alegam que existem nas mensagens material de “cunho íntimo” e pedem ainda que seja analisado quais conteúdos podem ser tornados públicos sem violar a privacidade de Otávio e sua família. Na residência do executivo a Polícia Federal encontrou sete aparelhos celulares, sendo seis iphones e um Motorola e identificou milhares de mensagens entre Otávio e políticos, como o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro petista Paulo Bernardo, o ex-porta-voz de Dilma, o também petista Thomas Traumann, o governador de Minas Gerais, o petista e ex-terrorista Fernando Pimentel, dentre outros. As mensagens revelam o bom trânsito político e até o assédio que Otávio Marques Azevedo recebia de parlamentares, sobretudo de Eduardo Cunha, que chega a cobrar doações para seu correligionário Henrique Alves, e também marca reuniões entre o empreiteiro e o então vice-presidente Michel Temer (PMDB). Há também diálogos do executivo com seus familiares que mostram seu apoio a políticos do PSDB, sobretudo o presidente do partido, Aécio Neves, e ao “amigo” Fernando Pimentel (PT), candidato ao governo de Minas Gerais que Otávio indicou para suas filhas votarem em 2014. Isso é prova cabal do quanto esses empresários brasileiros são típicos, característicos, do capitalismo que vigora no Brasil, o capitalismo para-estatal. Eles são viciados em sanguessugar o Estado. E isso acontece porque o estatismo no Brasil é uma praga, que invade todos os espaços da vida nacional. E daí deriva a corrupção no gigantesco modelo que assumiu. 

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