terça-feira, 12 de julho de 2016

Ditadura venezuelana desapropria fábrica de papel higiênico de empresa americana


A ditadura bolivariana da Venezuela desapropriou a fábrica da Kimberly Clark para reativá-la nesta segunda-feira, após ordenar que trabalhadores ocupassem a unidade. A empresa americana de produtos de higiene paralisou suas atividades no país na semana passada por conta da crise econômica que atinge a Venezuela. Atualmente, o país vive um grave cenário de escassez de itens básicos e de alta inflação, o que já levou outras multinacionais a abandonarem a produção em suas unidades locais. Mais cedo, o Ministério do Trabalho ordenou que as máquinas da fabricante de itens higiênicos, como papel higiênico e fraldas, fossem sejam ligadas novamente. Anteriormente, o ditador psicopata bolivariano Nicolás Maduro já havia alertado que interviria nas companhias que paralisassem suas atividades. "A Kimberly Clark vai seguir produzindo para todos os venezuelanos e venezuelanas, agora nas mãos dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, em um pronunciamento transmitido pela televisão, enquanto alguns funcionários aplaudiam e gritavam: “Assim, assim, assim é que se governa”. No último sábado, a empresa americana emitiu um comunicado anunciando a suspensão por tempo indefinido das suas operações. A companha justificou a decisão pela incapacidade de comprar matéria-prima, a carência de divisas e o rápido aumento da inflação. A Kimberly Clark é a última de uma série de multinacionais estrangeiras a reduzirem ou abandonarem sua produção na Venezuela — como foi o caso de Bridgestone, General Mills, Ford Motor e Procter & Gamble. Há dois anos, o governo venezuelano tomou as instalações da empresa americana Clorox Co., que fechou suas operações no país sul-americano. A companhia justificou a medida com as restrições das autoridades, as interrupções de fornecimento e a incerteza econômica. A Venezuela enfrenta uma grave crise dominada pela alta inflação — que, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), pode chegar a 700%. Além disso, o país vive severos problemas de desabastecimento de alimentos, remédios e produtos básicos.

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