sábado, 9 de julho de 2016

Ex-tesoureiro petista gaúcho Paulo Ferreira nega propina e fala em remuneração a cabos eleitorais


Preso na 31ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na segunda-feira e batizada de Abismo, o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, prestou depoimento à Polícia Federal na terça-feira. Ferreira afirmou aos investigadores que todos os repasses feitos pelo advogado Alexandre Romano, o Chambinho, delator da Lava Jato, a pessoas indicadas por ele se referiam a serviços prestados à sua campanha a deputado federal em 2010. De acordo com Chambinho, que relatou ao Ministério Público um esquema de corrupção que movimentou 39 milhões de reais, os pagamentos eram propina a Ferreira coletada de contratos de empreiteiras que participavam de obras no Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio de Janeiro. A madrinha de bateria e o cantor da escola de samba Estado Maior da Restinga, de Porto Alegre, e os dois filhos de Paulo Ferreira, Ana Paula e Jonas, estão, segundo o delator, entre os beneficiários de propinas destinadas ao ex-tesoureiro do PT pelas empresas Construbase, Schahin e Ferreira Guedes. Nomeado “imperador do samba no Rio Grande do Sul” graças a seu apoio “ao setor da cultura popular” gaúcha, Paulo Ferreira reconheceu apoiar a escola de samba “por meio de modalidade de financiamento, a exemplo de leis de incentivo”, mas disse que os integrantes da agremiação trabalharam por sua candidatura, assim como Ana Paula e Jonas.

Os amigos petistas sob as benesses dos Petrolão: Adeli Sell, Adão Villaverde, Marco Maia, Paulo Ferriera e José Dirceu 

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